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Passo 1: Geração de empregos

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Ciro Gomes debate e defende há tempos que precisamos de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Esse projeto de país se desdobra agora em 12 passos para mudar o Brasil, isto é, um conjunto de eixos pelos quais podemos entender as mudanças que serão propostas por Ciro em seu programa de governo, próximo de ser lançado.
Segundo Ciro, o primeiro passo para mudar o Brasil é gerar empregos. E por que indicar isso como primeiro passo fundamental?
Para entender a situação atual:
Em 2018, o número de desempregados no Brasil chegou a 13,2 milhões de pessoas. Além do desemprego, há milhões de pessoas (mais de 30 milhões) que, com as dificuldades da crise, foram empurrados para trabalhos informais, sem garantias legais e tendo sua qualidade de vida prejudicada. Para completar o cenário alarmante, de acordo com o IBGE há 4,6 milhões de pessoas que afirmam estar desistindo de procurar emprego, por conta da baixa qualificação, pela falta de oferta de trabalho no local em que residem, pela falta de vagas adequadas a elas. Esses dados ajudam a compreendermos a dimensão de um cenário que tantos de nós já conhecemos e/ou vivemos.
Para entender o contexto mais amplo, podemos pensar também no seguinte: quantas vezes nos últimos anos você soube de empresas e indústrias de sua cidade ou região que fecharam as portas ou migraram para outras regiões, deixando uma massa de desempregados no local? Quantos de nós conhecíamos pessoas que já trabalharam em empregos industriais, em fábricas, parques técnicos, vagas com melhores salários e, hoje em dia, trabalham em escritórios ou no comércio vendendo, revendendo ou comprando produtos simples que são inclusive produzidos fora do Brasil? Quantos pequenos empresários conhecemos que gostariam de investir mais em seu negócio próprio e, no entanto, esbarram em boas oportunidades de investimento e em altos impostos?
Essa situação ocorre agora, apesar de já termos tido um parque industrial consolidado que correspondia a grande parte do total de riquezas produzido no país. O setor de Serviços, que emprega a maior parte dos brasileiros de norte a sul, também enfrenta ameaças e sofre com as dificuldades de crescimento.
O que o projeto de Ciro fará?
Resolver essa situação grave é tema fundamental das ideias de Ciro Gomes e está sempre presente em seus debates. O objetivo de Ciro é reunir o Brasil que trabalha (dar oportunidade aos indivíduos) e o Brasil que produz (dar condições favoráveis para os meios produtivos).
Essas duas pontas não podem estar soltas e ambas devem constar em uma visão estratégica do país, que seja preocupada com o que é produzido aqui do ponto de vista econômico e com a realidade dos cidadãos, do ponto de vista social.
O que isso requer?
Entre as lideranças políticas, Ciro Gomes tem apontado a necessidade de reindustrializarmos o país, ou seja, recuperarmos empresas (principalmente de indústria de transformação), os empregos e produtos feitos no Brasil. Além disso, Ciro é o único que vê essa questão como algo a ser planejado de modo estratégico, para além de medidas esparsas e temporárias como já se tentou antes sem resultados duradouros.
Além de reindustrializar o país, será preciso, segundo ele, fortalecer os setores de serviços intensivos em conhecimento, que empregam funcionários bem capacitados e nas mais diversas áreas pelo país afora. Esses dois pontos sinalizam a importância de gerar empregos duradouros e de qualidade, diferentemente de apenas focarmos em metas de vagas de empregos que não mudam a estrutura de vida das pessoas.
Investir nesses setores requer também uma mudança tributária para o meio produtivo: é necessário reduzir os impostos que incidem sobre os processos de produção, assim como delinear uma taxa de juros mais baixa e uma taxa de câmbio mais competitiva para o Brasil em relação ao exterior.
Uma mudança tributária para os trabalhadores também é necessária, segundo Ciro, pois a classe média e os mais pobres estão todos hoje em dia sobrecarregados com o peso dos impostos sobre consumo (pagos com porcentagens embutidas nos valores dos produtos que consumimos) e sobre sua renda.
Tais medidas precisam se juntar a políticas de inovação e de estímulo ao investimento, que dependem de uma visão estratégica do país.
Como começar a mudança?
O projeto nacional defendido por Ciro indica ao menos quatro setores pelos quais o Brasil pode começar essa mudança, gerando aqui mesmo no Brasil empregos, empresas, indústrias, equipamentos, insumos, utensílios que hoje em dia são gerados em outros países e, posteriormente, são comprados por nós a preços maiores. Se implantarmos essa mudança, poderemos converter para nosso próprio país essa geração de empregos e riquezas e, ainda, reduzir os custos que temos com tais despesas hoje em dia.
Ciro vai além e cita inclusive quais seriam esses 4 setores, que poderiam formar diferentes complexos industriais:

  • petróleo/gás/bioenergia,
  • agroindústria (nos quais temos um protagonismo natural que pode ser aproveitado);
  • defesa e inteligência(pois essas áreas trazem um potencial de inovar e de criar novas tecnologias no país);
  • saúde(para transformarmos a necessidade de fabricação de remédios e de tratamentos em um investimento nacional, de produção, formação e empregos aqui).

Acompanhe em breve a continuidade da série sobre os 12 passos para mudar o Brasil, quando falaremos do segundo ponto elencado por Ciro: aumentar e modernizar a infraestrutura.