Por Ivo Nascimento
Quando eu era garoto, a única oportunidade que tinha de viajar era através da leitura. Na escola, quando cursava o quinto ano do ensino fundamental uma professora de português introduziu uma atividade separando a turma em 8 grupos, cada um com 5 alunos. Sim, a turma toda era de 40 alunos!
Ela então apresentou 8 pequenos livros de histórias e contos. Um livro para cada grupo (isso mesmo, 1 exemplar para cada grupo). A proposta era que cada aluno ficasse com o livro por 1 semana, tempo que o aluno teria para ler todo o livro e fazer uma pequena resenha.
O livro que foi entregue ao meu grupo contava a trajetória de quatro crianças pobres, com histórias diferentes de vida e cuja semelhança era o fato de todas morarem nas ruas de uma grande cidade. As histórias se entrelaçavam em uma trama que envolvia drama, emoção, superação e sonhos. Diante de tamanha dificuldade e desafio, o objetivo daquelas crianças era poder viver um futuro melhor.
Eu confesso que já tentei me lembrar do título deste livro várias vezes, mas depois de quase 30 anos vai ficando cada vez mais difícil.
Aquele foi o primeiro livro que eu li e a primeira vez que viajei, aos 12 anos de idade! A cada página virada e história que eu conhecia, me fazia sentir-se como se eu estivesse muito perto daquelas crianças, quase que como um personagem oculto dentro daquelas histórias e, às vezes, até me perguntava se não poderia ser eu uma daquelas 4 crianças, com uma diferença: eu tinha uma casa e uma família.
Eu aprendi com aquela atividade que qualquer pessoa poderia viajar, sem se quer sair do próprio lugar. Uma viagem dentro de uma história narrada em palavras, quando na leitura silenciosa, elas nos tomam de emoção, indignação, reação e esperança.
Estou contando isso para vocês, porque no exato momento em que escrevo este artigo, estou dentro de um avião, voando de Porto Alegre para São Paulo, depois de 1 semana de férias com minha família. Como é bom viajar! Eu aprendi isso desde cedo através da leitura.
Depois daquele livro, muitas outras leituras me fizeram ver o mundo com um olhar mais humano e sensível às necessidades das pessoas. A leitura que mais tem me provocado nos últimos tempos é do livro Projeto Nacional: O dever da esperança, escrito por Ciro Gomes. A leitura deste livro me fez olhar para o passado e pensar como nosso presente poderia ser tão diferente se, e tão somente se, nossos políticos tivessem a coragem de lutar por um projeto nacional de desenvolvimento para o Brasil.
Se isso tivesse acontecido no passado, talvez a história daquelas crianças pobres que li quando ainda era um juvenil e que enfrentavam grandes desafios morando nas ruas de uma grande cidade, poderia ser só um conto, mas a verdade é que experiências como essas são histórias reais e crianças estão ainda hoje ficando sem perspectivas de futuro.
O Ciro Gomes tem apresentado suas ideais e projeto com muito vigor. Diariamente jovens e adultos têm se aproximado com intenção de ajudar na promoção dessas ideias e naturalmente formou-se a militância que hoje é conhecida como Turma Boa. Uma turma inteligente, cheia de argumentos e que sabe o que quer para o futuro do Brasil.
Eu tenho tentado contribuir com esse ajuntamento natural de pessoas e para isso criei um podcast, que chamo de Universo 12, um lugar onde a Turma Boa se encontra digitalmente para contar suas histórias, desafios e perspectivas de todos os cantos do país, lutando por um Projeto Nacional de Desenvolvimento. Já são dezenas de episódios gravados e disponíveis nas principais plataformas de destruição de áudio digitais. Você só precisa procurar por: Universo 12.
Eu acredito que o que estamos construindo no imaginário das pessoas está muito próximo de se tornar realidade. As eleições de 2022 será definitiva para o rumo do nosso país. O que precisamos acreditar é que “Um Por Todos” e “Todos Com Ciro” nos torna melhores, mas preparados e fortes para enfrentar os grandes desafios que vamos enfrentar, sendo muito deles já presentes no nosso cotidiano.
Você acha que eu estou viajando? É, na verdade eu estou viajando sim. Aprendi viajar logo cedo e nunca mais deixei de sonhar e lutar por histórias melhores. Agora temos a chance de escrever uma nova página e quem sabe um novo livro da história do Brasil. Você vem com a gente escrever essa nova história?