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Coronavírus: o que o presidente Ciro Gomes faria?

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Ciro Gomes tem criticado duramente o governo Bolsonaro por sua irresponsabilidade frente à pandemia de coronavírus. Mas além da óbvia crítica ao negacionismo do presidente acerca da seriedade do vírus e da completa falta de coordenação no enfrentamento da crise, o que poderia ter sido feito diferente?
Em debate com Walfrido Warde na série de conferências IREE Webinar, Ciro explicou de forma bastante objetiva quais teriam sido suas primeiras ações quando a pandemia de coronavírus se aproximava. Tendo em vista tanto o gravíssimo problema para a saúde pública quanto a crise econômica que afetaria tantos milhões de brasileiros.
Para Ciro, a primeira questão é o planejamento ágil diante do problema. Ainda no início em março, quando a Organização Mundial da Saúde considerou o status de pandemia do vírus causador da covid-19, ele tomaria as seguintes providências:
1) Avaliar, a luz das experiências internacionais, os piores (a exemplo de Itália e Espanha) e melhores (como Alemanha e China) modelos de enfretamento da pandemia. Estabelecendo assim indicadores para instituir as políticas públicas para o país.
2) Com base no item 1, teria sido determinado o isolamento radical (lockdown).
3) No lugar da descoordenada política do governo atual, uma primeira reunião de urgência com os governadores de estado e o estabelecimento de um Protocolo Nacional de Combate ao Coronavírus e a divisão de tarefas e competências.
4) A construção emergencial de hospitais de campanha pelo país, a compra de respiradores, insumos, testes. Políticas regidas pelo governo federal em parceria com governadores e prefeitos.
5) Proteger o povo dos efeitos da crise econômica e da falta de trabalho decorrente do lockdown com a liberação em pagamento único do auxílio emergencial em forma de um cartão de débito. Credenciando as estruturas da indústria e do comércio que receberiam esse cartão ajudando o comércio e a produção a reter empregos, apostando num ciclo virtuoso deste consumo.
6) Expandir a liquidez bancária, mas não sem contrapartida (como foi feito), mas com a garantia de expansão do crédito para os setores produtivos.
7) Expandir o nível de dívida pública em 8% do PIB, movimento feito no mundo inteiro na crise do coronavírus. Apontando para uma reforma tributária que corrija essa dívida futuramente com, por exemplo, a revisão das isenções fiscais, a tributação de lucros e dividendos, e o aumento da alíquota sobre heranças em patrimônios acima de 20 milhões de reais.
Avesso a absurda dicotomia entre vida (CPFs) x economia (CNPJs), Ciro apostaria no preparo para a crise que se aproximava, reunindo e liderando este processo para que se poupasse o máximo da vida de milhares de brasileiros hoje vitimados pela covid-19 e pela insensibilidade e incompetência do presidente.