Faltando 45 dias para as eleições, todas as pesquisas* erraram desde 2002.
Veja alguns fatos e dados sobre as últimas pesquisas e os resultados eleitorais nas últimas cinco eleições presidenciais.
Em 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018, intenções de voto na segunda metade de agosto apontavam resultados muito diferentes do que se viu nas urnas.
As que apontaram vitória em primeiro turno erraram. As que apontaram segundo turno, erraram os escolhidos. E a última? Essa errou feio.
Em 2002, Serra estava cerca de 20 pontos percentuais atrás de Ciro Gomes, mas terminou com 12 p.p. de vantagem. As intenções de voto no final de agosto daquele ano sugeriam Lula e Ciro no segundo turno, mas foi Serra quem chegou lá.
Quatro anos depois, em 2006, a diferença entre Lula e Alckmin rodeava os 30 pontos percentuais em agosto. Mas foi de apenas 7% nas urnas. A vitória de Lula não ocorreu no primeiro turno, como alardeado pelas pesquisas e pelo PT.
Em 2010, Serra teve pontuação próxima das pesquisas. Mas a Marina foi quem cresceu quando a campanha pegou fogo, depois de agosto. Apresentou 15 pontos percentuais a mais do que no Ibope e 20 a mais do que no Datafolha, considerando as intenções na segunda quinzena de agosto.
Já nas eleições de 2014, eram mais de 20 pontos percentuais pró-Marina. Em agosto, as pesquisas mostravam que ela iria para o segundo turno. Mas o jogo virou. Esses pontos se transformaram em 12% a favor de Aécio, que disputou o segundo turno com Dilma.
Em agosto de 2018, o DataFolha dava Lula com 39%, Bolsonaro com 19%, Marina com 8%, Alckmin com 6% e Ciro com 5%. Passou tudo MUITO longe do que de fato aconteceu.
Em 2022, nem chegou junho e já estão fazendo terrorismo eleitoral.
Se todas pesquisas do passado erraram em agosto, qual a possibilidade de pesquisas acertarem algo em maio? Elas servem apenas para manipular a opinião pública.
Nossa luta pelo Brasil não depende de pesquisa. Aqui é Ciro!
Isso não quer dizer que pesquisas devem ser desconsideradas. Os números muitas vezes passam retratos importantes e relevantes sobre a população.
Mas pesquisa não resolve eleição.
*Foram consideradas pesquisas do Ibope e do instituto DataFolha.