Ciro Gomes começa sua fala chamando atenção para o que o governo federal deveria estar fazendo diante da pandemia. Tendo em vista que ainda não há remédio ou vacina e que a vírus se alastra muito rapidamente, a opção que nos resta para evitar a doença é, por enquanto, o isolamento social/físico. Mas, para que deixe de trabalhar e possa ficar em casa – prossegue ele -, o trabalhador terá que receber uma espécie de “indenização” nesse período. Além disso, é preciso fazer chegar esse socorro do auxílio emergencial com mais rapidez.
Pensando em lições para o futuro, Ciro destaca que a covid-19 vem, em boa parte, da desestabilização do planeta por meio da ação do ser humano. Nas palavras dele, precisaremos caminhar para o novo normal. Quanto a isso, afirma que Marina deve ser lembrada e ouvida, já que foi pioneira política nesse pensamento e na imaginação para o futuro.
A fala de Marina Silva traz muitos elementos sobre uma ideia de futuro. Para ela, o momento é de fazer a boa disputa para o que queremos como “novo normal”. E, nesse caso, uma nova economia terá que prover proteção ambiental, justiça social, geração de renda próspera. O novo modelo tem que ser bom do ponto de vista social, ambiental, político, econômico e até mesmo esteticamente – destaca a ex-senadora. Todas essas dimensões juntas é que formariam um novo modelo econômico, salienta.
Dino fez diversas ponderações tendo como base as situações delicadas que vem superando à frente do governo do Maranhão durante a pandemia. O governador, por exemplo, obteve êxito na compra de respiradores para equipar leitos para a população, quando o próprio governo federal não conseguiu ainda efetivar suas encomendas. Para ele, seria essencial poder contar num momento como esse com um apoio adequado vindo do governo federal, o que infelizmente contrasta até aqui com a realidade. Por isso, ele chama atenção para que não deixemos o “novo normal” se tornar, na verdade, algo distópico.
Molon destacou que a cobrança para uma boa gestão durante a pandemia não pode se dar somente com base num fiscalismo. Para ele, apesar da preocupação fiscal continuar sendo importante, muito antes dele vem a proteção da vida. Além disso, afirma o deputado, o mundo está sinalizando que vai usar a superação da pandemia para mudar em outras áreas também, como meio ambiente, transporte, investimento em ciência e tecnologia, em equipamentos voltados para a saúde etc.
Lupi ressaltou que tudo que ocorreu até agora como resposta à pandemia nos faz concluir que o mercado não é capaz de resolver tudo. Por conta disso, o mercado deve ser coordenado, em nome da proteção da vida.
Por meio desse encontro, as quatro lideranças forneceram uma medida da capacidade de resposta que, juntos, seus pensamentos podem oferecer.