“Centro é um ponto imaginário da geometria. Quem está se aglutinando é a direita, que vai, digamos assim, carregar o caixão do governo Michel Temer”. Ciro Gomes
Em entrevista que foi ao ar na madrugada do dia 08 de maio, pelo especial Band Eleições, Ciro Gomes foi provocado pelo entrevistador que afirmou que o “centro” estava se unindo. Ciro prontamente corrigiu o jornalista de quem estava se reunindo era a direita, que busca agora se esquivar da responsabilidade de segurar “a alça do caixão do governo Michel Temer”, a quem apoiou nos últimos dois anos.
A questão importante nesse diálogo, portanto, é menos a demarcação de campo (direita/esquerda) e mais a tentativa das candidaturas de centro-direita, em especial as de Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles, de se desvencilhar (com a ajuda da imprensa) do legado do governo mais impopular da história do Brasil, que assumiu o poder sem voto, é assolado por denúncias de corrupção e vem submetendo o país a profundos retrocessos sociais.
O fantasma do vampiro neoliberalista, como apelidou a Paraíso do Tuiuti em seu desfile histórico, deve assombrar nessas eleições a quem lhe é de direito: a coalizão de direita PSDB/PMDB que o pôs no poder.