Ciro Gomes escolheu a Jair Bolsonaro, do PSL, durante o terceiro bloco do debate na Band, para perguntar sobre como o deputado federal pretendia resolver o problema do endividamento em massa das famílias no Brasil, que conta com 63 milhões de pessoas endividadas.
Bolsonaro mencionou a fala de Ciro, a quem lembrou ter sido seu “colega de Câmara”, sobre a proposta de tirar todos do SPC. Porém, desmereceu a sugestão de que seria possível retirá-los do endividamento e chutou que a dívida de todos os brasileiros poderia dar quase o PIB do Brasil.
Assim, o deputado indagou o pedetista acerca de como ele próprio faria para “resolver o problema”, afirmando-se ansioso pela resposta que estaria por vir. Em sua fala, o carioca não deixou de apontar dedos buscando responsáveis pela situação.
Ciro afirmou não estar tão preocupado com “quem seja o responsável”, explicando que a situação do país é crítica há mais de quatro anos, apesar dele ter defendido o país do golpe que depôs a ex-presidente Dilma Rousseff, a quem nenhum opositor chama de “ladra” e que foi deposta por uma manobra contábil pela qual virtualmente todos os chefes de executivo do país são responsáveis.
“A média da dívida”, porém, o pedetista ensinou, “é de R$ 1.400 por pessoa”. “Você acha que não dá para a gente pegar um conjunto de providências para ajudar as pessoas financiando em outros prazos e negociando com os titulares desses créditos?”
“Sei fazer, vou permitir que todos possam duvidar, mas darei os detalhes. Fique tranquilo, vou tirar seu nome do SPC”, respondeu Ciro.
Finalmente, Jair Bolsonaro terminou: “é, realmente, uma dívida bilionária… se você conseguir fazer, você será um santo, Ciro”. Após isso, fez um discurso contra o loteamento de cargos públicos e desejou a Ciro “boa sorte”, apesar de afirmar também que a proposta de seu adversário era “simplista”.