Essa semana, mais um político brasileiro foi notícia nas investigações da Polícia Federal sobre a chamada operação Lava Jato, o senador pelo Piauí, Ciro Nogueira (PP). Prontamente chama atenção o fato do senador ser homônimo do ‘nosso’ Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e candidato à presidência da república. Entretanto, ao contrário do político piauiense, o Ciro GOMES, em seus 38 anos de vida pública, nunca figurou nas páginas policiais que infelizmente são tão comuns na política nacional.
Apesar disso, as quatro letras que assemelham o Nogueira e o Gomes foram suficientes para ocasionar confusão na imprensa brasileira. Alguns portais de notícia, como o do jornal Estadão, destacaram em suas manchetes que Ciro (nome estranhamente deixado sem sobrenome) teria recebido dinheiro na garagem de casa. E, em outro episódio ainda mais grave, o programa “Estúdio i”, do último dia 24 de abril, da GloboNews trocou o nome dos dois políticos.
Como correção a essa informação errada fornecida, o canal global produziu uma errata que, no entanto, teve muito menor veiculação, uma vez que foi publicada no portal G1 somente após 4 dias, ou seja, quando o dano à imagem de Ciro Gomes (proposital ou não) já havia acontecido.
Duas hipóteses podem ser consideradas para tais ‘descuidos’ da imprensa envolvendo o nome de um presidenciável: incompetência ou má fé. Ainda que a segunda hipótese seja mais grave, a primeira tampouco é lisonjeira e ambas nos levam a questão que já alertamos aqui em “USINA DE INTRIGAS” é preciso estarmos atentos e militantes para o fenômeno das fakenews também em suas modalidades mais insidiosas.