As recentes pesquisas sobre a popularidade do presidente Jair Bolsonaro e de sua gestão assustaram grande parte do campo progressista e/ou de oposição. No momento em que o Brasil atravessa uma de suas maiores crises econômicas e de saúde, muitos já davam como líquido e certo de que a aprovação iria à rés do chão.
Com o quadro apontado justamente para o contrário, surgem as mais diversas explicações e especulações sobre a sociedade brasileira, redes sociais, auxílio emergencial e outros que tais. Independente da razão – ou das razões -, o fato é que a oposição não consegue fazer com que a população brasileira entenda os porquês de Bolsonaro ser um péssimo gestor, para começo de conversa.
Para além dos erros de comunicação, pela rede da extrema-direita ter entrado em campo muito antes e com bem mais recursos, a oposição peca em especial pela falta de projeto para o Brasil. O discurso apresentado resume-se à reação a todo novo absurdo que sai da boca do líder eleito ou de seus ministros, aliados e assessores.
Claro que combater os disparates do governo é uma das funções da oposição, porém o erro está em resumir-se a isso quando se pensa em retomar o comando da nação (re)conquistando o apoio da parcela da população que elegeu aquele que certamente entrará para a história como o pior presidente do Brasil.
E então, como partir para essa reconquista?
Primeiro: ideia. A cada dia mais fica nítida a necessidade do Brasil recuperar um projeto para si, ter um plano para voltar a crescer, distribuir renda e promover serviços públicos dignos para os seus. Uma nação altiva, com um Estado forte, que tenha como objetivo sua soberania por meio do desenvolvimento econômico, tecnológico e social.
O segundo passo é referenciar a ideia com exemplo. E para começar não é preciso olhar para fora, basta mirar o passado brasileiro. O país que produziu excelência mundial em agricultura, aviação, exploração de petróleo e diversas outras áreas não morreu. Boas experiências podem e devem ser atualizadas e replicadas. O caminho já está dado.
Por fim, para reconduzir o país para tal caminho só há uma forma: militância. É fazer política toda hora possível, seja estudando, trabalhando ou na luta pelas ruas e nas arenas digitais. A política, assim como a democracia, não se faz apenas na momento do voto. Seja membro de partido ou não, cada militante tem em si um importante instrumento de mudança.
Ideia, exemplo e militância!