O que o brasileiro quer é franqueza e sinceridade, diz Cid Gomes
Essa semana, em entrevista à Folha de S. Paulo, Cid Gomes, coordenador de campanha e irmão do presidenciável Ciro Gomes, avaliou alguns cenários da campanha presidencial em andamento.
Para o ex-governador do Ceará, o “temperamento” de Ciro, sempre colocado no centro das questões relacionadas ao pré-candidato traz na verdade atributos importantes da personalidade de Ciro e que são valorizados, especialmente no atual cenário de crise e descrédito político, pelo eleitor brasileiro: a franqueza e a postura afirmativa.
Considerada de forma ampla, esta postura sincera e aguda de Ciro, não corresponde apenas a capacidade de se indignar e denunciar o que está errado (e as práticas criminosas que permeiam a política nacional), mas também de assumir de antemão compromissos e propostas, como as que Ciro que faz e que tocam em questões sensíveis relacionadas a grupos poderosos, como a mudança do perfil da dívida pública, a revogação das reformas anti-populares e anti-nacionais e a reversão da entrega de patrimônio brasileiro ao capital estrangeiro.
Entretanto, como destaca Cid, e está sempre presente nas falas de Ciro: já são 38 anos de vida pública do pré-candidato, que foi deputado estadual e federal, prefeito, governador, ministro da Fazenda e da Integração Nacional, sem um único episódio de “desatino” no exercício da função pública. Pelo contrário, o temperamento afirmativo de Ciro tem sido utilizado para realizar as missões das quais foi encarregado, como por exemplo, em seu trabalho da estabilização do Plano Real, no governo Itamar Franco, e na entrega do difícil projeto de transposição do Rio São Francisco, por delegação do presidente Lula.
Ciro e o mercado financeiro
Cid foi taxativo, não há hipótese de Ciro Gomes assinar uma “Carta aos banqueiros”. Ciro não é “domesticável”, pois sua proposta de enfrentamento da hiper-lucratividade do sistema financeiro é inegociável e que, ao projeto conduzido por Ciro, interessa privilegiar e defender os outros 98% da população, composta pelos trabalhadores e pelo setor produtivo, sobre quem oneram o peso de um Estado voltado unicamente para os lucros do setor rentista.