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Ciro Gomes, Marina Silva e a frente democrática de oposição

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Ciro Gomes e Marina Silva, ex-candidata à Presidência da República pela Rede Sustentabilidade, reuniram-se, nesta quarta-feira, para conversar sobre o futuro do Brasil, sobre oposição ao governo eleito e sobre a preservação das institucionalidades democráticas.
Entre os pontos discutidos pelas lideranças, estiveram a defesa dos interesses nacionais, o compromisso com desenvolvimento sustentável e a pauta das populações mais vulneráveis.
Constroem-se, na Câmara de Deputados e no Senado Federal, frentes de oposição “responsáveis” e “comprometidas com o Brasil” que não apostem no “quanto pior, melhor”. A conversa entre Marina e Ciro evidencia um avanço na consolidação dessas frentes, que estarão na oposição pelos próximos quatro anos.

Frente democrática de oposição

Outros partidos que se somam à frente democrática no Senado, além da Rede, são o PPS, o PSB e o PDT, numa articulação encabeçada por Cid Gomes, senador cearense eleito pelo PDT, e por Randolfe Rodrigues, senador pela Rede do Amapá.
Na Câmara, os partidos compositores de uma eventual frente de oposição a Jair Bolsonaro já se articulam preparando uma oposição programática, que não se reduza à simplória negação do governo eleito, mas que seja capaz de solidificar críticas concisas quando se fizerem necessárias.
Até o momento, compõem a frente na Câmara PDT, PSB e PCdoB.
As movimentações visam construir um bloco independente do governo e de oposição, com força de negociação para defender avanços contra a democracia e contra direitos da população, e não se tratam de uma construção que vislumbre 2022 como a “próxima parada”.

Oposição ampla

A costura política se dá a fim de aglutinar forças que superem os limites a que se circunscrevem alguns partidos de esquerda.
O PSDB, o PT e o PSOL também foram aventados como possíveis somadores das frentes na Câmara e no Senado. Porém, sem que a participação de nenhuma sigla atropele a das demais.
O PSDB não deve se juntar ao bloco. Porém, afirma o presidente do PDT, Carlos Lupi, que um acordo para a eleição de Tasso Jereissatti, em oposição a um candidato do governo ou a um novo mandato do senador alagoano emedebista Renan Calheiros, não teria grandes resistências.
Somados, no Senado, o bloco fecha 13 cadeiras a partir de 2019: 5 senadores da Rede, 4 do PDT, 2 do PPS e 2 do PSB. O valor ultrapassa o número de senadores do MDB, que será 12.
Na Câmara, são 69 deputados eleitos para a legislatura de 2019 entre as siglas do bloco, o que supera os 56 do PT, a maior sigla atualmente na Câmara, seguida pelo PSL, do presidente eleito, que tem 52.