A manchete de hoje da jornalista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo, sobre Ciro Gomes dá a entender que o título seria uma citação literal do ex-ministro sobre sua relação com o PT. No entanto, no conteúdo da coluna (exclusiva para assinantes) fica claro que se trata de uma análise da própria jornalista.
Ainda que se possa aventar a possibilidade de ingenuidade, de que a jornalista teria pensado que os leitores acessariam o conteúdo (considerando ainda seu acesso restrito), o fato é que o impacto produzido por manchetes é infinitamente maior e que, ultimamente, tem agido uma intensa “usina de intrigas”, palavras de Ciro Gomes, entre os setores progressistas.
Ciro Gomes e outras lideranças políticas, como Fernando Haddad, Jacques Wagner e Guilherme Boulos, perceberam a tática e não estão mais dispostos a atuar para alimentar tais intrigas. O que pode fazer com que sejam cada vez mais frequentes os expedientes como esse utilizado hoje por Mônica Bergamo que, na prática, forjou uma notícia a partir de uma opinião. Na continuidade da usina de intrigas, mentiras que vão se desdobrando como se fossem verdades: a InfoMoney colocou aspas na declaração da jornalista, também de forma a aparentar ser de Ciro Gomes aquela fala. O que cabe a nós nesses momentos é seguirmos vigilantes contra as fake news, sejam as notícias de fato inventadas, sejam melindres como este.