O Brasil poucas vezes se viu em uma encruzilhada tão importante em sua história. Governado por aquele que caminha para ser o pior presidente, o país encara a pandemia do novo coronavírus que já matou dezenas de milhares e suas nefastas consequências econômicas ao largo de uma crise política que ameaça as estruturas da democracia.
É chegada a hora dos democratas e defensores do país levantarem a voz e passarem uma risca no chão. E foi com o objetivo de emular esta união que Ciro Gomes participou de um debate com ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem diverge muito politicamente desde meados da década de 1990, e a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, de quem foi adversário em 2018, na GloboNews. “Vamos defender a democracia brasileira e quem não vier é traidor”, afirmou Ciro Gomes.
Para o vice-presidente do PDT, os verdadeiros democratas devem trabalhar na união em torno de uma agenda comum: defesa das vidas em risco pela pandemia, socorro às empresas e empregos atingidos pela crise econômicas e o enfrentamento do constante atentado contra as liberdades promovido pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Nós precisamos colocar de lado toda e qualquer diferença menor, ainda que grave, para construirmos um caminho para basicamente ajudar a salvar vidas”, resumiu Ciro durante o encontro de 1h30 mediado pela jornalista Miriam Leitão.
Acompanhado em suas falas por FHC e Marina, o pedetista ainda lembrou das projeções que apontam para 20 milhões de desempregados ao fim da pandemia, além de mais de seis milhões de empresas fechadas e uma falência estratégica das contas públicas.
Para Ciro Gomes, não há de se esquecer as divergências de compreensão sobre os rumos do país não podem eclipsar agora as necessidades urgentes e que a hora de se discutir as razões da crise ainda chegará.
“As pistas para construir a saída do Brasil também vão exigir um dissenso, em que as nossas diferenças tem que ser mais do que atenuadas, tem que ser aclaradas para que o povo brasileiro entenda as causas e as pistas para saída”, ressaltou.
E como saída, Ciro pontuou a carência de um projeto para o Brasil, no que foi seguido por Marina e FHC. “Eu penso, comovidamente, que o Brasil precisa celebrar um Projeto Nacional de Desenvolvimento. Cada palavra dessa importa em um conflito político que estamos perdendo”, concluiu.
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