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Opinião pública está rejeitando tática eleitoral que tenta isolar Ciro Gomes

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Diversos fatos demonstram que a opinião pública está rejeitando a tática eleitoral conduzida pela direção nacional do PT como tentativa para isolar Ciro Gomes na disputa à presidência no primeiro turno.
Marília Arraes (em Pernambuco) e Márcio Lacerda (em Minas Gerais)  anunciaram publicamente suas discordâncias em relação ao possível acordo firmado entre o PT e o PSB. O acordo, que estaria sendo firmado por meio de suas direções nacionais dos dois partidos prevê a retirada das pré-candidaturas aos governos estaduais tanto de Marília (PT) como de Lacerda (PSB), como moeda de troca para tentar com que o PSB se mantenha neutro e não apoie a candidatura de Ciro Gomes em uma coligação nacional.
Em diversas regiões, lideranças de diretórios estaduais do PSB vinham manifestando apoio a Ciro e, mesmo com a notícia de um possível acordo que tenta frear tal movimento, continuam indicando desejo de que o partido se encaminhe com o candidato trabalhista.
A tática eleitoral desagradou até mesmo parte da militância petista, algumas de suas lideranças e jornalistas próximos ao partido. Tarso Genro, por exemplo, está entre aqueles que discordaram publicamente da medida e externou sua posição em uma postagem realizada no Twitter. Assim como parte da militância petista, Tarso julga prejudicial retirar a candidatura de Marília que, ao PT, simbolizaria uma possibilidade de renovação do partido no Nordeste.
Além disso, pesquisa realizada pelo DataFolha em junho demonstrou que 40% dos eleitores do Nordeste dizem que, caso Lula não possa ser candidato, ele deveria apoiar Ciro. Dados como esse demonstram que a tentativa explícita do PT para isolar Ciro Gomes neste momento pode ter repercussão negativa entre os eleitores.
A opinião pública, em seu senso, vê que o ex-presidente Lula terá sua candidatura barrada e, pensando no destino de seu próprio país, já se encaminhava para suas novas opções de voto, apesar das tentativas do Partido dos Trabalhadores para focar o pleito na situação do ex-presidente, e não na necessidade de resgatar o Brasil de uma grave crise.
Na mídia, também podem ser vistas reações que rejeitam a tentativa petista de isolar Ciro Gomes. A Folha de S. Paulo publicou matéria em que detalha diversos outros movimentos do ex-presidente Lula para tentar minar o apoio que Ciro receberia de partidos do chamado “centrão” e de Josué Alencar, que chegou a ser cogitado para vice-presidente na chapa com o pedetista.
O jornalista Ricardo Kotscho também demonstrou rejeição aos movimentos do PT e afirma, com publicação em seu site: “quem mais perdeu com o acordo entre PT e PSB, que sacrificou a candidatura de Marília, não foi Ciro Gomes, como a maioria dos jornais e analistas avaliaram nesta quinta-feira. Foram Lula e o PT, que rifaram o futuro do partido“.
Ciro afirmou ontem em entrevista a Globonews que o PT está ensaiando uma valsa à beira do abismo. Lembrou também que a tática eleitoral que infelizmente o tem como adversário preferencial neste momento esbarra em um fator que muitos parecem esquecer: o povo e a decisão que vem dele.
O cenário ainda pode mudar, tendo em vista os prazos para convenções partidárias estaduais, nacionais e para a inscrição de candidaturas.  Ainda assim, até o momento é possível afirmar que lideranças do PT, do PSB; militantes de ambos os partidos; analistas políticos; jornalistas; a militância de Ciro e todos aqueles que esperam uma união do campo progressista nestas eleições estão rejeitando a tática eleitoral que está sendo imposta ao Brasil para tentar isolar Ciro Gomes.