Esta semana, Ciro Gomes foi entrevistado na Central das Eleições da Globo News, no J10 Notícias. A sabatina, que durou 30 minutos, abordou temas complexos e, entre eles, quais são as propostas de Ciro para reativar os motores do desenvolvimento econômico.
Pautando-se em seu Projeto Nacional de Desenvolvimento, Ciro elencou três questões fundamentais para recuperar a economia e tratar da principal emergência popular: a geração de empregos. São elas:
1) Restaurar a capacidade de consumo das famílias (o SPCiro): no capitalismo moderno, que se afirma no consumo de massa, é necessário que as pessoas tenham condição de comprar, o que se dá não apenas pelo recurso financeiro disponível, mas também pelo crédito. Atualmente, são mais de 63 milhões de brasileiros com o nome negativado nos serviços de proteção ao crédito, SPC/Serasa, o que impacta na capacidade de compra e, em muitos casos, até da possibilidade de emprego. Por isso, esse é um ponto importante no projeto de Ciro Gomes e, basicamente, diz respeito, ao refinanciamento das dívidas via banco público, oferecendo juros a taxas bem menores e possíveis de serem pagas. Com o aumento da capacidade de consumo se movimenta a produção e os serviços, reaquecendo a economia e gerando empregos.
2) Recuperar a capacidade de investimento das empresas: as dívidas das empresas somam cerca de R$ 2 trilhões em créditos pendentes, dos quais R$ 600 bilhões caminham para se tornarem de recuperação duvidosa. Neste quadro, empresas e industrias não apenas deixam de investir, mas estão quebrando e, com elas, o fechamento de milhares de postos de trabalho. Ciro se compromete a estimular o refinanciamento dessas dívidas descartelizando o sistema bancário brasileiro que hoje concentra em apenas 5 bancos 85% das operações financeiras. O acirramento da competição bancária que pode ser acionada imediatamente pelo governo ao tirar os bancos públicos do cartel e estimulando as cooperativas de crédito, oferecerão aos empresários melhores juros e condições de pagamento.
3) Restabelecer a capacidade de intervir do Estado brasileiro: com a menor taxa de investimento dos últimos 70 anos, o Brasil investe apenas 1% do PIB e para esta recuperação é necessário rearranjar a carga tributária, cobrando mais do ‘andar de cima’ e menos do consumo popular. Para tanto, Ciro compromete-se a cobrar sobre lucro e dividendos empresarias (tributo inexistente apenas no Brasil e na Estônia), a taxação sobre grandes heranças (de cifras milionárias) e o reestudo das renúncias fiscais hoje vigentes e que somam mais de 300 bilhões por ano. Recuperando o investimento estatal, sobretudo retomando as obras do governo federal que estão paradas, a geração de empregos populares é imediata.
Comentaremos outros pontos da entrevista, por ora, confira a entrevista completa!