A semana de falas públicas e eventos de Ciro Gomes foi de grande repercussão e, também por conta de outros acontecimentos políticos, a medida que são mais divulgadas as ideias que o pré-candidato trabalhista defende há tempos, parece crescer também a quantidade de notícias falsas e informações errôneas do jornalismo (de todos os nuances político-partidários) sobre Ciro.
Foi publicado no Jornal GGN nesta sexta-feira (11/05) um artigo assinado por Marcelo Laffitte com críticas a Ciro Gomes, com o título “Todos com Ciro ou Ciro com Todos?“.
Em seu texto, o cineasta retoma a trajetória partidária do ex-governador e afirma que pretende “não emitir qualquer juízo de valor”, apenas “apontar alguns fatos”. O problema, desta vez, esteve nas informações errôneas fornecidas por ele e na seleção dos fatos que, em si, já mostra um juízo de valor bastante crítico e pouco informado sobre Ciro Gomes.
Por exemplo, a menção feita sobre a trajetória partidária do ex-ministro se dá apenas pela cronologia, esquecendo de contextualizar as motivações de Ciro Gomes nesse período e incutindo extrema negatividade no fato de Ciro ter mudado de partido. Como a matéria se pretende destituída de “qualquer juízo de valor” assim? O cineasta poderia dar oportunidade a seus leitores de refletirem sobre as motivações para que líderes políticos mudem de partido quando julgam que devem conservar sua ideologia e o compromisso político com suas próprias ideias.
O texto foi corrigido e atualizado às 12h02 mas, no momento da publicação, afirmava também que, em 1998, o objetivo de Ciro foi “concorrer à Presidência da República na primeira eleição direta pós-ditadura, e ficou na 3ª colocação.” Apesar de pretender apontar somente “fatos”, antes da correção o autor se equivocou e ignorou as eleições de 1989 e as de 1994 como dois pleitos eleitorais diretos para a Presidência da República que o país realizou já no período pós-ditadura. Na atualização feita, esse equívoco foi corrigido e o texto passou a citar simplesmente que o objetivo de Ciro Gomes em 1998 “foi concorrer à Presidência da República e ficou na 3ª colocação”.
Ao final, há ainda mais uma informação errônea, quando Laffitte afirma que Ciro Gomes tem como atual “slogan de campanha” a expressão “Todos com Ciro”. Nesse ponto está à mostra a falta de informações do autor sobre Ciro Gomes, suas ideias, ações e sobre os grupos que o apoiam.
Na verdade, a expressão “#TodosComCiro” dá nome a mobilização voluntária e independente que tem sido feita ao redor do Brasil para engajar as pessoas em torno do Projeto Nacional de Desenvolvimento, debatido por Ciro Gomes há tempos. Ou seja, não se trata de slogan, muito menos de expressão pertencente à campanha ou pré-campanha oficial do pré-candidato trabalhista. Inclusive, ressalte-se que esta é uma mobilização dentre várias outras de ações também bastante relevantes.
Artigos e confusões como essa são incomuns às matérias publicadas pelo Jornal GGN, do renomado Luis Nassif. Mas, felizmente, o processo democrático deste ano confere tempo e oportunidade para que os cidadãos revejam pontos de vista, conheçam mais ideias e com isso até mesmo amenizem seus mais ocultos juízos de valor.
Contudo, notícias como essa indicam que mesmo o jornalismo digital respeitado infelizmente ainda acaba silenciando as ações de uma corrente de opinião espontânea muito grande, da qual participam vários perfis e grupos sociais, que apoia as ideias discutidas por Ciro Gomes.
Talvez seja o momento de fazer parar a disputa polarizada entre as burocracias partidárias, seus representantes e articulistas mais afeitos e iniciar o momento no qual olhamos para a população. É preciso procurar saber o que tem pensado e realizado o povo, como tem tentado reagir, à luz das soluções que deseja para o Brasil. Vamos adiante, pois o debate pode em muito melhorar!