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Sergio Moro e Jair Bolsonaro à luz difusa do abajur lilás…

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Na composição de Fernando de Oliveira, imortalizada na voz da cantora baiana Rosa Passos, “tudo era perfeito” na época da “luz difusa do abajur lilás”. Bem menos romanceadas parecem as lembranças e ex-ministro, Sergio Moro, do tempo que ficou no governo Bolsonaro. O ex-juiz botou a boca no trombone desde que saiu do governo denunciando vários crimes de seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro.
A grande lista de possíveis crimes (ao menos NOVE nas contas de Ciro Gomes) que relatou no discurso que fez ao deixar o cargo, quase ofuscou uma obviedade desconcertante, o próprio Sergio Moro confessou alguns. Primeiro a de corrupção, caracterizada pela tal pensão que Moro disse ter pedido como garantia a Bolsonaro ao aceitar o cargo e a outra, que nos trás ao “abajur lilás” aceso por Ciro Gomes: Sergio Moro teria demorado dezesseis meses para denunciar ou só percebeu agora o antro em que estava metido? Ou, nas palavras de Ciro, “Ele que estava ali no lúmen, no lumpesinato, na luz difusa do abajur lilás, no samba… De repente, só desesseis meses depois ele descobre que está cercado de prostitutas? Num dá né!? Francamente…”
A bem-humorada e intrigante metáfora de Ciro Gomes em debate na Globo News deu o que falar, principalmente pela polêmica referência à prostituição. Citação que fica bem mais evidente quando lembramos da peça Abajur Lilás (de 1969), de Plínio Marcos, que se passa em um prostíbulo e o momento de tensão da história é justamente quando um abajur da casa é quebrado e nenhuma das personagens quer assumir a responsabilidade.
Não fomos só nós que procuramos saber sobre o abajur lilás, como é possível perceber nos comentários do vídeo com a canção interpretada por Rosa Passos e Ivan Lins:
Rosa Passos Abajur Lilás
Além da curiosidade, a referência também estimulou a criatividade! O talentoso poeta e cantor Bruno Lins compôs uma música, de delicada percepção das fragilidades humanas, um dia após Ciro usar a expressão em entrevista em que fora perguntado da briga entre Moro e Bolsonaro. Originalmente publicado na página Cirão Guerreiro, confira: