No primeiro debate presidencial, ocorrido na Band, chamou atenção uma das principais propostas de Ciro Gomes para a retomada do crescimento econômico: resolver o endividamento das famílias ou, em linguagem popular, tirar o nome do povo do SPC.
Em linhas gerais, como explicou Ciro, se trata de acirrar a competição bancária para estimular taxas e juros menos selvagens ao consumidor, como os hoje praticados, rever os juros e multas abusivas e entrar em acordo com as entidades credoras.
Entretanto o problema é complexo, e Ciro discutirá seu plano em detalhes no programa de governo. Além do pouco tempo de fala no debate, menos de 2 minutos por resposta, Ciro está preocupado com o copia e cola que candidatos estão fazendo de suas propostas. Tem chamado atenção como Geraldo Alckmin (PSDB), que nunca defendeu tais bandeiras e faz parte da base de apoio do governo Temer, passou a repetir frases de Ciro, como a taxação de lucros e dividendos (implementada por Ciro quando foi ministro da Fazenda de Itamar e revogada pelo governo do PSDB), o aumento da alíquota sobre herança de grandes fortunas (que também foi diminuída no governo Fernando Henrique, do PSDB), e resolução do déficit público em 24 meses.
Esperto, Ciro quer ter a oportunidade de apresentar detalhadamente seu plano para resolver o endividamento dos brasileiros antes que Alckmin possa copiar suas frases (sem o mesmo conteúdo). Ao final do debate, Ciro disse em entrevista: “Eu tentei quebrar um pouco o palavrório oferecendo metas objetivas. Vou ajudar os brasileiros que estão com nome no SPC. Meus adversários duvidaram e eu vou dar os detalhes assim que puder por que tudo que eu falo eles tão copiando. Eu tenho condição de retomar 2 milhões de empregos no primeiro ano pela construção civil com retomada de 7 mil obras.”
Recuperar o crédito dos brasileiros e gerar empregos imediatos para o povo é a primeira providência para o desenvolvimento, a médio e longo prazo, do projeto nacional de Ciro Gomes.